As artistas plásticas Analice Uchoa, Célia Gondim, Marby Silva e Val Margarida estão com exposição coletiva de art naif, no hall do prédio administrativo da Estação Cabo Branco, Ciência, Cultura e Artes, no Altiplano. A mostra coletiva intitulada “Naifeminino” permanecerá em cartaz até o dia 5 de maio, com horário de visitação de terça a sexta-feira de 9h as 18h. Sábado, domingo e feriado de 10h até 19h, com entrada gratuita ao público de todas as idades.
No local o público poderá encontrar 33 telas em acrílica sobre tela, em que mostram as várias facetas do universo da cultura popular representada na arte naif (do francês, arte ingênua), estilo que pertence à pintura de artistas sem formação acadêmica sistemática. É um tipo de expressão que não se enquadra nos moldes acadêmicos, nem nas tendências modernistas, nem tampouco no conceito de arte popular. O artista naif é marcadamente individualista em suas manifestações mais puras do cotidiano popular.
A curadora da Estação Cabo Branco, Larissa França, comentou que a exposição Naifemino é alusiva também a março ser o mês em que se comemora o mês da mulher. “Essa exposição mostra a diversidade de traços apresentados por cada uma das artistas que são atuantes neste tipo de arte naif na Paraíba”, acrescentou Larissa França.
A campinense Analice Uchôa, radicada em João Pessoa, expõe 17 telas. Ela começou a pintar em 1998. Hoje é reconhecida como um expoente da pintura Naif, estilo com o qual sua obra se identifica. Analice explicou que a arte da pintura que se apresenta sem vínculos com a tradição erudita e convencional: é uma arte espontânea e popularesca com formas sempre figurativas e a utilização de cores vivas e puras.
Ela expôs em várias cidades brasileiras, a exemplo de João Pessoa Campina Grande, Patos, Rio de Janeiro, Museu Internacional Arte Naif do Brasil (RJ), Rio das Ostras (RJ) e na cidade de Assis no Museu Primitivo (SP) e participa vários anos na Exposição Chapel Art Show (SP), Lisboa e Viseu (PT). Em 2010 ilustrou os livros infanto-juvenis: “Os trinta dinheiro do Rei Melquior”, do Português Alberto Correia e um livro de historia com adptação de Katia Medeiros “A Formiguinha Brasileira na Neve” (2013), dois livros de autor Alberto Correia “A Macieira das Maças de Ouro e O Monge e o Passarinho” (2014) não editados ainda no Brasil, e “Os Sentidos da autora carioca Maria Emília Algebaile. Além da ilustração do livro “O Casamento da Baratinha” (2015) de Kátia Medeiros. Foi contemplada pelo FMC, em 2017. Em 2018 lançou o livro em João Pessoa. Participou do 1º Festival Internacional de Arte Naif em Guarabira (PB) e ganhou 2 prêmios de Mensão Honrosa. Em novembro de 2018 participou de uma coletiva com Adriano Dias e Geo de Oliveira no SESC Cabo Branco (PB). Expõe permanentemente no Celeiro Espaço Criativo desde o ano passado.
Célia Gondim é outra expositora da mostra coletiva “Naifeminino”. Célia é natural de Recife (PE) e reside em João Pessoa (PB) há alguns anos onde desenvolveu suas habilidades artísticas. Seus trabalhos priorizam os detalhes minuciosos, coloridos e delicados. Foi selecionada para 12ª Bienal de Arte Naif do Brasil em Piracicaba (SP), em 2014. Participou de várias exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior (Portugal, Espanha e outros). Suas obras podem ser vistas no Museu de Arte Naif di Casarão da Cultura, em Guarabira (PB), no centro de Ciências Médicas da UFPB e na Câmara Municipal de João Pessoa.
Valdecy Margarida da Silva ou Val Margarida como é mais conhecida é natural de Bezerros (PE) e reside em Campina Grande (PB) desde 1975. Artista plástica e professora da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Pinta desde 2001, mas em 2017 disponibilizou as suas obras ao público. Participou do Festival Internacional de Guarabira (FIAN), 2018, expôs na Feira de Arte de Goiás (FARGO, 2018) e foi selecionada para participar Encontro Nacional de Arte Naif do Centro-Oeste. Apaixonada pela arte naif, a artista Val Margarida vem se destacando no Estado da Paraíba por sua originalidade.
Já Marby da Silva é natural de Guarabira (PB) e começou a pintar em 2008 autodidaticamente como forma de apresentar seu trabalho na Galeria Gamela em João Pessoa (PB). Participou de três coletivas, a última em 2016 no Sesc Paraíba. Suas obras podem ser vistas no Acervo do Museu de Art Naif em Guarabira e já foram adquiridas por artistas conceituados, como Miguel dos Santos, Flávio Tavares e Alexandre Filho.